Páginas

terça-feira, 12 de abril de 2016

AÇOITE

‪O vento frio, misturas
Nela a pele despida, nua
Vestida apenas de imagensNem sempre doce


Saliva escorre a face
Um tapa lhe desfere dor
Pegadores invadi-lhe a carne
Cordas subjuga o destino


Teimosa espera
Ele a pós ajoelhada
Seus olhos não o vêm
Resignada se entrega


O tempo da espera
Parece ser, é o que sente
Tempo de tortura
Tempo pra conhecer


Algo nela quer ir
Fugir ja não pode
Quer ir até o reencontrar
Mas, tem pressa


Quer sentir, o toque
Quer ver, penetrada
Quer gritar, algemada
Quer voa, aprisionada


Açoite no ar, intensa
A alma
Açoite no chão, impacienta
O ser
Açoite na mão, incerteza
O corpo


Ele quer ouvir sua boca
Desesperada tateando
Implorando Seu Senhor
Para ser açoitada
Desavergonhada se entrega


Leopardo Dom


Nenhum comentário:

Postar um comentário