O vento frio, misturas
Nela a pele despida, nua
Vestida apenas de imagensNem sempre doce
Saliva escorre a face
Um tapa lhe desfere dor
Pegadores invadi-lhe a carne
Cordas subjuga o destino
Teimosa espera
Ele a pós ajoelhada
Seus olhos não o vêm
Resignada se entrega
O tempo da espera
Parece ser, é o que sente
Tempo de tortura
Tempo pra conhecer
Algo nela quer ir
Fugir ja não pode
Quer ir até o reencontrar
Mas, tem pressa
Quer sentir, o toque
Quer ver, penetrada
Quer gritar, algemada
Quer voa, aprisionada
Açoite no ar, intensa
A alma
Açoite no chão, impacienta
O ser
Açoite na mão, incerteza
O corpo
Ele quer ouvir sua boca
Desesperada tateando
Implorando Seu Senhor
Para ser açoitada
Desavergonhada se entrega
Leopardo Dom
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