LEOPARDO DOM

Espaço reservado a tutoriais e poemas eróticos com a temática do Bdsm

terça-feira, 12 de julho de 2016

SEDE PROFANA

Enquanto trabalhas
Sob a mesa grande
Descansa o cão preto
Seu zeloso protetor

Entretanto sem esperar
Ele se levanta, tinha sede
Distraída com algumas fotos
As pernas repousa abertas
Não percebe aproximação

Seu cão curiosamente
Se aproxima da fonte
E cheira em busca de água
A fonte estava úmida, bastante

Entre o susto ficou molhada
A cada lambida canina
Ela estremecia suprendida
Por aquela quentura

Seria loucura?
Nem teve tempo de saber
Sua calcinha vermelha
Foi rasgada pelo ímpeto animal

Seria humilhação?
Já não importava
Gozou perdidamente
Enquanto era chupada

L🐅D
Leopardo Dom

DESEJO ANIMAL

Diante da cena
Meu corpo estremeceu
Algo inusitado despertou
Minha libido em erupção
Nunca frenética ebulição

Era apenas testemunha
Daquela visão inusitada
Com as pernas abertas
A madame o provocava
Numa cuidadosa masturbação

Como exímia pianista
Seus dedos produziram
Uma bela canção
Gemidos silenciosos

Quando ele a lambeu
Com aquela língua grande
Quase não me contive
Babava de desejo
Quase me toquei para saciar

Quando me dei conta
Envergonhada não suportei
Tentei esconder aquilo de mim
Apagando a cena que assistia

Apesar de me sentir culpada
Passei a desejar aquele cão
Me fudendo como fez nela
Me enchendo do gozo animal
Como uma dama, sou cadela

L🐅D
Leopardo Dom

ENGAIOLADO

Pôs-me numa coleira
Feita de couro cru
Ordenou ficar de quatro
Me presenteou com osso
Tive que farejar para encontrar

Puxada pela corda guia
Fui levada sem resistir
Gosto das surpresas
Feita pelo meu Senhor

Sou Dele a quase anos
Filha do tempo e da submissão
Fui adestrada para ser pet particular
Com muita dedicação aprendi
As lições da cadelinha

A surpresa era meu teste
Se passasse seria encoleirada
Posta numa gaiola noite e dia
Foram dois dias dormindo
E alimentada como cadela

Nas ultimas horas amordaçada
Fui servida num canibalismo sexual
Seres famintos, mascarados
Pareciam seres de outro planeta
Usaram e judiaram sob a batuta
Do meu digníssimo, agora Dono

L🐅D
Leopardo Dom

sábado, 9 de julho de 2016

ACORRENTADA

Protituir teu ser
Tuas entranhas
Desejar o toque
Beber das insanas
Palavras cruéis

Você é puta
Feita para ser chão
Usada e abusada
Seu tesão é meu?
Não dirás eu sei

Que importa...
Que te prostituo
Que te humilho
E você se revela
Quando me ler

Meus escritos
Te devoram
Te lascam
Te lançam sonhos
Te machucam
Como nunca antes
Onde me buscas
Cadela?

L🐅D
Leopardo Dom

SÚPLICAS

Gotas de sua boca
Minha saliva escorre
Te lambuza a cara
Marcada pela bofetada

Tuas lágrimas escorrem
Na minha língua, céu da boca
Saboreio a delicadeza
Gotas do doloroso orvalho

É a flor, aflora meu tesão
Beber do líquido derramado
Enquanto sofres humilhação
Caída envergonhada

Meu gozo não vem do corpo
Mas, da mente empoderada
No seu suplício em meus pés
Te acolho, te amparo

Agora mesmo tem alguém perdido
Em busca desse gozo ensolarado
Mas, tua dor vem da procura
Me venere que vou te libertar

L🐅D
Leopardo Dom

ANAL

Anal

A macheza ofusca
A delícia erótica
Da zona escondida
Esquecida

Mas, foi entre beijos
Como discreta sutileza
Que pôs o dedinho...
Sentir algo diferente
A leveza delirante

Nada disse...
Entre o mastro
Com a língua molhada
Sem pedir licença
Ela percorreu a zona proibida
Lamber, salivou, chupou

Foi assim que descobrir
O silêncio erótico
Num momento especial
Guardando segredo...
Partiu

Leopardo Dom

LIÇÃO

A sala fazia
A garganta fervia
Pediu água, muita sede
"Ajoelhe-se", ordenou
Bebeu urina...muita

Nunca mais
Interrompeu seu Dono

L🐅D
Leopardo Dom

INGRATA

Ingrata

Vôo longe
Tão Alto, Alto
Que não viu o asfalto
Para fora da multidão
Até que que perdeu-se
De si na solidão
Quis voltar...
Considerada desconhecida
Foi crucificada

L🐅D
Leopardo Dom

INDELICADEZA

Indelicadeza

Dominadora
Indelicada
Olhou para mim
Sem sorrir
Passou por mim
Fingiu não me ver
Tropeçou na arrogância
E caiu

L🐅D
Leopardo Dom

BIRIMPAU

Grosso
Grande
Curvo
Um berimpau
Era o que parecia
Com aquelas bolas
Um pau em forma de barimbau                                                  
Antes de chupà-lo
Bateu na cara
Com seu pau preto
Parecia tapas de mãos
Doía muito...
Senti quão bruto o cacete
Quase chorei

Sem poder tocà-lo
De olhos fechados chupei-o
Degustando, saboreando-o
Como fui ordenada

Quando menos esperava
Um jato quente pegajoso
Escorreu na minha garganta
Não ousei a desperdiçar nada
Nem podia, seria torturada
                                                    L🐅D
Leopardo Dom

BRUXA

Suas curvas imperfeitas
Seu corpo indelicado
Quando  sorria machucava
Contrariando à lógica
Era a submissa idealizada
Pelos infelizes homens
Mas, ela só enfeitiça
As mulheres que cobiça

L🐅D
Leopardo Dom

ABISMO

O gozo retido
O beijo dissimulado
O sexo castrado
A sede calada
A fome insarciada
A verdade não dita
A vontade inconfesa
A bala atirada
A arma engatilhada
A mulher carente
O homem demente
O corpo doente
A mente profana
A alma perdida
O sexo castrado
Pelo dominador afoito
A desejo afoito
Da submissa perdida
A planta venenosa
Semeada pelo jardineiro
E aerva e a solidão

L🐅D
Leopardo Dom

LUXÚRIA NEGRA

Volúpia de arrepiar
O que consegues
Veneração...
Deusa ou rainha
É o próprio fogo
Transformação...
Vem das chamas
O mundo aos seus pés
Revolução...
Teu espaço,
Teu reino de conquistas
LUXÚRIANEGRA

L🐅D

A CARIDADE

Parecia parida
Na rua caída
Parecia desamparada
No asfalto deitada
Levantou-se desesperada
Gritou: dor desesperada
Ninguém a socorreu
Ninguém parou, apressados
Estavam indo para a missa, Comungar...ouvir
O Sermão da Caridade

L🐅D
Leopardo Dom

DIALÉTICA CANINA

A cada passo
A humanização canina
A cada passeio
A canização humana
Assim caminha a humildade
Na sua metáfora evolutiva
Quem é  a fera?                                                                                                    
L🐅D
Leopardo Dom