LEOPARDO DOM

Espaço reservado a tutoriais e poemas eróticos com a temática do Bdsm

domingo, 4 de dezembro de 2016

SADISMO

Minhas mãos executam
Desejos que estão na escuridão
Meus desejos atiçam a criação
Bater e humilhar raízes das profundezas

Quem irá te socorrer
Quando o chicote rasgar o vento
E o cipó cozinhar tua carne?

A beleza adormece
E a fantasia aflora na rua
Toda vez que imagino te humilhando

És assim que me queres?
Então venha...rasteje
Implore e faça por merecer

L🐅D
Leopardo Dom

sábado, 3 de dezembro de 2016

LEVEZA

Teus ser sorrir
A vida brota
A semente germina
Renascendo a menina
Que brinca de vento
Fazendo sonhar
A esperança canta
Fazendo-a dançar
Que perfuma
Jasmim cidreira
A cada dia
Entre a noite e o amanhecer

L🐅D
Leopardo Dom

A CRIAÇÃO E A CRIATURA

Vou, para te, mandar fazer
Algo bem diferente
Inusitada criação
Uma floresta eclética
Repleta de flores
E magníficas plantas
Coqueirais gigantes
Samambaias vermelhas
Tudo com muita magia
Tudo nela será plural
Para que vivas sem sobressaltos
Sem medo e preconceito
Em seu modo de vida
E cada planta vou nominar
E uma delas vou chamar
De menina Sissy
Assim bela como você
Não duvide do meu poder
Também posso te esculpir
Com ferramentas artesanais
Seu corpo com muito prazer
Se negas vou te mostrar
Vou adestrar seu pensamento
Seu corpo e teu ser modificar
Oh, criatura dentre as criaturas

L🐅D
Leopardo Dom

AMOR SUBMISSO

É preciso
Que ela se perca da incerteza
Que ela se jogue na correnteza
Que ela não recei a perversão
Da punição da espera

A submissa é sonhadora
Gosta de manipular para amar
Culpa o dono por não poder falar
Na verdade, querem amor desmentido
Do seu Senhor que só quer dominar

No seu universo feminino
Falam mal delas mesmos
Pois, buscam outra coisa
O amor dominador
Para seu coração submisso

L🐅D
Leopardo Dom

VADIA

Os pêlos da buceta crescendo
Sem proteção a buceta roça
Na calça jeans desbotada
Ela enlouquecida excitada
Entre os movimentos
Rápidos ou lentos sente tremores
Sua boca saliva
Geme baixinho, alucinada
Aslembranças pervertidas
Brotam como ervas daninhas
Sem parar a todo instante
Numa minúscula sala estar
Entre homens famintos
Machos e machistas com distinção
Que não repara a cadela no cio
Distraindos não prestam atenção
Homens (...), pensa ela, sem dizer nada
O enquanto se contorce
De tão excitante a cena
Daqueles homens a possuindo
Eram machos pretos viril
E outros brancos robustos
A pisando e cuspindo
Batendo e bulinando
A fudendo e lascando
Com seus mastros erguidos
Em cada buraco de seu corpo
Numa taça é brindada
Com seus leites fartos
Que bebe avidamente

L🐅D
Leopardo Dom

MULHERES PODEROSAS


Mulheres Poderosas

Saia à rua
Levando a puta contigo
Vista a saia bordada
E uma calcinha floral
Vá pela madrugada
Beirando a estrada
E atravesse a ponte
Ponha a máscara de santa
Para que os hipócritas não a pedrejem

Quando os homens virem de longe
Seja como uma dama
Educadamente abra as pernas belas
Calvagarão apressados
Para fugirem antes do amanhecer
Sairão disfarçado para ninguém vê-los
Em suas montarias domquixoteanas
E em casa se lavarão das impurezas
Para purificar seus corpos

E entre juras de amor
Suas mulheres agradecerão, silenciosamente
Pelas mulheres putas e as meninas vadias
Que alimentaram seus maridos famintos
Enquanto elas conquistavam o mundo
Em suas camas solitárias

L🐅D
Leopardo Dom

DILEMAS

É um acontecimento, não raro perturbador, numa sociedade que combate o machismo, uma mulher descobrir sua inclinação ao masoquismo, à submissão.

Quando essas coisas lhe tocam a alma, o ser e o corpo, quão estranho ela deve se sentir... Muitas enlouquece, dizem.

Em que contexto tais descobertas ocorrem? É difícil determinar, mas, muitas vezes, é por acaso. Por mais que transem (com seu homens) não alçam a realização plena. Algumas contam que assistindo um filme ou lendo algum conto, revistas de perversão masoquista etc. que se deram conta do quanto aquilo mexia com elas, independente de sexo.

Na verdade, muitas não sabem dizer e tem receio de reconhecer esse desejo obscuro. Pois, para muitas é pacado. E como pecado não deve ser alimentado,  logo, não devem dá vazão tais desejos. Acham imoral, "coisa de mulher suja", é se sentem culpadas, principalmente, quando já são mães ou casadas, por tais pensamentos e desejos.

Portanto, qual espelho não viu as lágrimas escorrendo nos rostos dessas mulheres jovens, maduras, muitas das quais, independentes financeiramente, quando a dolorosa verdade a desperta num mar de desejos proibidos (perversão e libertinagem)?

Seus espelhos também foram testemunhas oculares e cúmplices silenciosos dos suplícios que essas mulheres se impõem com torturas sexuais e dos organismos vulcânicos, e, depois do gozo, seus choros entre soluços de vergonha e arrependimentos por terem cedido ao proibido.

Essas mulheres vivem seus traumas em silêncio, no anonimato da solidão, frente ao desejo e o orgasmo. Se auto condenaram e aplicação a si mesma punições diversas para aplacar a agonia interior.

Contudo, apesar desse desespero, elas querem ser puta, vadia, vagabunda, cadela, vaca, etc. E estão por aí em cada sala, nas esquinas, no emprego....pelo mundo afora procurando respostas na psicologia cristã-judaica, com seus preconceitos culturais.

De repente, surge uma estranha e desconhecida solução. O BDSM. Como uma filosofia de vida, quebrando tabus e conceitos moralistas retroalimentando e valorizando o conceito de Dominação e Submissão consentida.

Essas mulheres diante dessa grande descoberta, mergulham num universo de autoconhecimento, aos poucos vai descobrindo que nasceram para ser peça, objeto, renunciando seu prazer para se abrigar no prazer daquele que dele será posse e possuída.

E como filosofia de vida, o BDSM deixa claro que é possível ser feliz dentro daquilo que nos faz bem existencialmente, ainda que ofenda a moral de uma sociedade fingida, desde que cada um se aceite plenamente. Ainda que tudo tenha que ser vivenciado na obscuridade.

L🐅D
Leopardo Dom

Malvado Senhor

Ouviu-se o som do tapa
Ela não mais sorria
Dentro dela ardia
O fogo da angústia

No segundo tapa
As marcas a devoravam
O cipó cru verde do mato
A fez dançar

Com os sapatos pretos
Quando a pisou na cara
Ouvia-se o som da humilhação
Desesperada quase chorou

Ouviu o som diferente
Que era embalado pela espera
Os olhos dela não brilharam
Quando os cubos de gelos
Enlouqueceu seu ânus

Ouviu-se o som do desespero
Quando o cuspe inundou sua cara
Como um suco avidamente bebeu

L🐅D
Leonardo Dom

Esperando por ti

Aqui estou
Uma mulher comum
Mulher qualquer
Que gosta de apanhar

Não chamo isso de demência
Já que não sou doente
Muito menos enlouquecida

Não sou do gênero feminista
Muito menos transo com machista

Quero mais que tapas
Não quero pena
Não sou galináceo
Uma mulher apenas

Será o meu malvado favorito
Quando mim tomares aos teus pés
Quando meu desejo não prevalecer
Quando eu não querer está certa

Onde encontra-se esse homem
Para domar e me dominar?
Não quero um aventureiro
Que vive em busca de galinha

Mas, que seja capaz
De mim fazer dele, submissa
De mim dominar meu ser rebelde
Que não apenas meu corpo

Somente a este chamei de dono
Apenas a ele o venerei, Senhor

L🐅D
Leopardo Dom

domingo, 25 de setembro de 2016

TOMA-ME TUA

Agrada-me a dor
Sugando e rasgando
Fazendo a carne tremer
Fazendo o corpo vergar
Olhos abrirem e fechar
As pernas curvarem à Ti
E quando lágrimas caírem
Os lábios gritarem
Senhor aqui estou sua
Toma-me além dos limites
Que sejam tuas mãos palmatória
E teu cinto correção
Usa-me sem castidade
Que seja tua bondade prisão
E minha perversão teu domínio

L🐅D
Leopardo Dom

PROSTITUTA DE FÉ

Tentei ser usada
Suada, queria ser devorada
A poesia rasgando a carne
Tremia como cadela no cio
A prostituta em mim queria
Algo diferente do convencional
Que moeda dos homens comuns
Não pode pagar nem sabem oferecer
Algo mais que um gozo
Eximia na masturbação bocal
Enlouquecia os moços afoitos
Que sempre gozavam antes dela
Era uma víbora na cama
Mas, preferia se exibir no chão
Os pisava com doçura,
Os dominava com sutileza
E os deixa ir embora impressionados
Partiam convencidos serem reis
Mas, sempre retornavam como seus mendigos

L🐅D
Leopardo Dom

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

INSPIRADORA

Quanta elegância
Luxúria na sua beleza
Simplicidade e leveza
Quem és tu menina?

Teu corpo é uma riqueza viva
Feito de mistérios e verdade
Destinado a te representar no universo

Teus lábios são ondas dos mares
De uma delicadeza profunda
Como síntese são pétalas e flores

Teus cabelos lembram as florestas negras
Sempre cheios e formosos
Como chuvas ao vento

A resposta do tempo impressionista
Iluminando à escuridão
Preenche meu olhar barroco
Desfazendo os nós da ignorância

L🐅D
Leopardo Dom