O chicote que atordoa
A risada cinicamente dada
O tapa desavisado na cara
A humilhante exposição
A torturante agulhada
O corpo que cai, piedade
Entre surpiros de dor
Imagens de prazeres
Suas mãos amarradas
Suas pernas arqueadas
Ele tinha fome e sede
Nada sarciava tuas entranhas
Fez terapias, cortesia
Medidou, muito rezou
Falaram até em demônio
Desses desejos loucos
Se escondeu, repulsa de si
Leituras desconcertantes
Fazia escondida, segredos
Mas, um certo dia
Acordou da escuridão
Descobrindo a escravidão
Se entregou a submissão
Entre o corpo e a alma
Teu ser se libertou
Sem medo se acorrentou
Na masmorra imaginária
De tua Senhora Domme ou dom
Implacácel é o destino?
Leopardo Dom
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