Elegante e refinado Ao olhos dela, sempre Aparentava ser, eficiente De fala mansa, fluente Escrevia com primor Digníssimo donatário Dizia ser, influente senhor Muito desejado, amante Ela se gabava, Sorte anunciava ter Enciunava as coleguinhas Com as novidades que aprendia E os sonhos que ele lhe daria Roupas belas e incensos Chicotadas com ternura Gaiolas douradas, Titanic de promessas Ela dançava pelos cantos Enfeitiçada que estava Logo, voaria em tapetes anil Encoleirada em esmeraldas Era seu destino, cantava Ele era único, dom perfeito Era o que afirmava Deslumbrada pela tez alva Mesmo distante, era dele Sempre o satisfazia De manhã à noite, Controlada sorria Já não pensava, Adestrada para sim Nada decidia, feliz Ele era tudo, imensidão Ela nada, conformada Até que certo dia A incerteza apareceu A desconfiança ganhou asas Nas entrelinhas muitos nó A cartamante revelou Com mentiras ele a domina Como manchete jornalistica A má notícia se espalhou Todas muito dela riam A menina muito chorou Sozinha com a decepção Nem dormia, nem comia Tentou a morte Mas, a sorte não permitira Só assim pôde aprender Que destino não é má sina Quem se conhece Volta sempre à montanha Foge do disfarcante inquisitor Da imaturidade atroz Da insanidade dominante E da cegueira submissão Leopardo Doma
terça-feira, 12 de abril de 2016
DOM DE ENGANAR
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