terça-feira, 12 de abril de 2016
ESSÊNCIA DA PERDIÇÃO
Ela nasceu para ser puta
Ninguém precisou lhe ensinar
Desde a terna idade,
Na adolescência e na mocidade
Guerreira dos cacotes
Não se importava com tamanho
Desde que a fudesse sem dó e pena
Se tornou serviçal dessa arte
Sarciava até os animais
Senhores brutos e elegantes
Não queria apenas se divertir
Ninfomaníaca incondicional
Nunca deixou de ser vaidosa
Adorava ser presenteada
Seu perfume preferido, jasmim
Vestidos de cetim da grife Daspu
Feitos sobre medida, sua perdição
Um pouco orgulhosa da arte que fazia
Resolveu ser vadia...
Fascinada por macho casado
Sua caçada foi implacável
Se sentia vingada das damas mal amadas
Com seus homens inocentes
Quase insatisfeita com sua sina
Andarilha dos glamorosos bordéis
Encontrou um fino senhor
Que a esbofateu, humilhada chorou
Seu orgulho despencou
Quando ele a pisoteou
Esvaziou ela da eterna busca
E da venenosa ansiedade
Semeando nela a docilidade servil
Pela primeira vez se sentiu cadela
Em estado de plena submissão
Sem resistir ele a domou, fez dela escrava
Pela primeira vez à paz em si encontrou
Não era mais senhora do sexo
Apenas uma sub vagabunda
Leopardo Dom
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