sábado, 23 de abril de 2016
MInha judiação
Entre ruas escuras
Fui abandonada
Depois que me levaram
Encapuzada
Chegaram sorrateiros
Não tive como reagir
Amordaçada
Fui levada para o matagal
Na árvore amarrada
Apanhei
Eram todos sádicos, contei
Com uma vara me batiam
Aquilo ardia sem piedade
A pele lisa rasgando, doia
Marcas viscerais da judiação
As costas expostas
Naquela tarde ensolarada
Castigava minha dignidade
Enquanto aqueles senhores Planejavam a inquisição
Depois de desamarrada
Me jogaram no mato
Esticada e pisada
Obrigada a chupá-los
Fiz sem resistência
Mas, sem qualquer civilidade
Muitos tapas na cara recebi
Daqueles brutos senhores
Que enfiavam sem parar
Na garganta seus caralhos
Era muita humilhação
Diante daquela exposição
Perdi a virgindade anal
Entre ânsia e brutalidade
Mordidas e severas beliscadas
Torturavam meus grandes seios
Prendedores uniam os lábios vaginais
Que pareciam descarga elétrica
Foram tantas sessões
Que não me dei conta
Que naquela adrenalina
Havia gozado sem permissão
Como punição fui asfixiada
Ao mesmo tempo que me cuspiam
Entre agonia e desespero
Fui amparada pela compaixão
Numa enigmática cena
Enfileirados se agruparam
Cada um ao lado do outro
Respeitando a hierarquia
Fui obrigada a masturbá-los
Numa taça cristalina
Depositaram seus precisos
Líquidos viscosos claros
Leitosos pegajosos
Sêmen - o sangue branco
E num estranho ritual
Fui declarada submissa
Entre lascivas palavras
Bebi sem nada dizer
Leopardo Dom
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