LEOPARDO DOM

Espaço reservado a tutoriais e poemas eróticos com a temática do Bdsm

terça-feira, 12 de abril de 2016

MARCAS



Ajoelhe-se, cadela
Olhos fechados, por favor
As paredes se calam
Esperam tudo ouvir
Arregalam os olhos
Querem melhor ver na escuridão
A mão apanha o objeto na cama
Com destreza corta o ar
Entre silêncio o ar murmura
Sobre a pele o som tomba
Resistência, os músculo se rebelam
O senhor poderoso para
Para observar, sentir

Sua presa agonizar
No medo dela ver a agonia
Querendo reclamar
Indiferente não pensa
Continua sua missão
Doutrinar aquele ser
Sem vacilação
Sempre gostou de ser dominador
Cultivar a dor, chicotear
É como um belo espetáculo
Ele escreve a cena
Onde o chicote é o senhor do ato

De concreto, as paredes nada disseram
Vêem apenas, ela cair
Temperando o chão de tacos
Com suas lágrimas
Ninguém, nem mesmo ela, sabe contar
Quantas vezes rodopiava
O chicote pelas mãos
Todos queriam retratar
As marcas roxas
Esculpidas de cipó cru
Para a eternidade guardar

E bem antes de encerrar
A platéia aplaudiu
Em coro pediu bis
E aguardaram
Ela se levantou
Soriu ao ser abraçada
Mostrou-se agradecida
Era apenas bela, a fotografia

Leopardo Dom


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